quinta-feira, 1 de julho de 2010

Novo mutirão na Barra da Lagoa

Entidades comunitárias da Barra da Lagoa se unem para a retirada de diferentes espécies de pinus invasores no morro da Galheta para recompor a mata nativa .

No próximo dia 31 de julho, o Imma, (Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia) e várias entidades comunitárias da Barra da Lagoa participarão de um grandioso mutirão para a retirada dos pinus que existem no Morro da Galheta. Em entrevista com Adnir Antônio Ramos, Diretor Administrativo do IMMA, organizador do evento, ele explicou que a finalidade do mutirão é efetuar a restauração da Mata Pluvial da Encosta Atlântica presente no Morro da Galheta, cuja cobertura vegetal encontra-se, atualmente, degradada pela proliferação das espécies exóticas invasoras, principalmente o pinheiro-americano, eucaliptos, braquiária e capim-melado.
Para atingir os objetivos, os trabalhos e as ações serão executados em três fases distintas, sendo a primeira ação a confecção de um zoneamento territorial da área-foco (já realizada); a segunda, a retirada da vegetação exótica invasora; e a última, a recomposição da cobertura vegetal com espécies nativas.
"As chamadas espécies "exóticas" são aquelas introduzidas em ecossistemas do qual não fazem parte, como aconteceu na região leste da ilha. As espécies exóticas, plantadas na década de 60, conseguiram se adaptar ao novo ambiente, mantendo sua capacidade reprodutiva e tendendo a prejudicar o desenvolvimento normal das plantas nativas e o funcionamento normal dos ecossistemas", explicou Adnir
"Estas plantas exóticas invasoras passam a se tornar um problema (em alguns casos, podem ser consideradas como "pragas") e seu desenvolvimento afetou negativamente a flora nativa do ambiente onde foi introduzida", agregou Adnir.
Tecnicamente, a erradicação de Pinus não é uma tarefa complicada, pois, apesar de se dispersarem com rapidez e facilidade, estas árvores não rebrotam após o corte.
A retirada de plantas invasoras ocorrerá em sentido crescente, ou seja, a partir das árvores menores e mais distantes até que se alcancem as árvores mais velhas, eliminando, desta forma, todas as árvores e plântulas.
Numa terceira etapa, serão feitos plantios em áreas pré-determinadas e serão utilizadas diferentes técnicas e estratégias para a atração da fauna (dispersora de sementes do entorno) aos locais em recuperação.
"O objetivo dos organizadores é comercializar a madeira para arrecadar dinheiro que será investido na região".
"O recurso arrecadado com a venda do Pinus será utilizado para dar início à implementação das trilhas e deks do Parque Arqueoastronômico das Pedras Sagradas (Morro da Galheta), que se tornará uma das maiores atrações turísticas da Grande Florianópolis", explicou Maninho.
A organização já conseguiu autorização da Floram e da Concap para fazer a retirada das plantas invasoras.
Para participar do Mutirão ou saber mais sobre este importante projeto, entre em contato com Maninho, pelo telefone 96072201 ou pelo 3226-1781, com Leonel .

Participarão: Imma, (Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia), Mapa Ecológico Florianópolis – Projeto Salve Floripa; ONG Comuna Visual; Conselho Comunitário e moradores da região Leste da Ilha.
Apoio: Vereador Renato Geske
e Jornal Leste da Ilha.
Dia: 31 de Julho.
Ponto de encontro: Bar do Landinho, na Fortaleza da Barra
Horário: 9:00 horas.

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