quinta-feira, 26 de agosto de 2010

COMO ESCOLHO EM QUEM VOTAR

COMO ESCOLHO EM QUEM VOTAR
Cada vez mais as campanhas são feitas baseadas em campanhas de marketing. Candidatos ‘maquiados’ de diversas maneiras seduzem os eleitores com boa aparência e promessas mirabolantes. Muitos, com processos e provas irrefutáveis de malservação do dinheiro público, recebem votações consagradoras. Afinal, com que critérios vota o eleitor brasileiro?
Para tentar saber pelo menos como vota os eleitores da região Leste da Ilha fizemos uma simples enquête com pessoas da região, para tentar uma aproximação dos critérios que utilizam ao escolher seus representantes.
Escolhendo o seu candidato. Que critérios seguir?

1 - Qual é a característica mais importante que um candidato deve ter para receber seu voto?
2 - O partido é importante para você escolher em quem votar?
3 - É importante pra você que o candidato seja da região onde você mora?
4 – O fato do candidato ter denúncias de corrupção (ficha suja) importa. Você procura se informar sobre isso?
4 - Você vota em candidatos que ofereçam alguma vantagem ou favor para você?
5 - Você vota naquele que trocou muitas vezes de partido?
6 - Você lembra a quem voto na ultima eleição? Você sabe se seu candidato se elegeu? você acompanha o sua atuação?
7 - Pra você é importante a pesquisas que são divulgadas antes das eleições? Você votaria em quem estivesse com um índice menor?
8. Qual o tipo de divulgação eleitoral que mais te influencia? Os programas de TV, noticiário, impressos...?
Participe!!!
lestedailha@gmail.com

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Projeto Expo Saúde

Orientações profissionais da saúde:
Dentistas, Massagem e outras.
Câmara Cidadã
Acessória jurídica
Documentários da Comunidade.
Orientações sobre alimentações.
Palestra como viver saudável.
Brinde a serem distribuídos durante atividade
Todas as Atividades Gratuitas
Local: Rua Altamiro Barcelos Dutra
Data: 22 de agosto de 2010 (Domingo)
Horário: 09h00min ás 16h00min hs
ORGANIZAÇÃO: ADRA E CONSELHO COMUNITÁRIO DA BARRA DA LAGOA

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

OFICINA DE SANEAMENTO

1ª OFICINA DE ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA O MODELO DESCENTRALIZADO DE SANEAMENTO

DIA: 14 de agosto, sábado
Hora: início às 13:30h, término 18h
Local: Salão da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias – SC-406, nr. 701, em frente à Policlínica do Rio Tavares)

Esta será a primeira oficina comunitária que o MOSAL realizará sobre alternativas tecnológicas aplicadas ao esgotamento sanitário, com o propósito de elevar o nível de conhecimento entre as lideranças comunitárias sobre o modelo descentralizado de tratamento de esgotos.
O MOSAL realizou duas oficinas no ano passado (em 26.09.09 e 29.11.09) focando a prospecção de um modelo descentralizado para as regiões norte e sul da ilha. Ao final, o produto resultante nessas OFICINAS é comparado com o modelo centralizado, e evidencia a dispensa da construção de emissários submarinos.
Os modelos alternativos minimizam o impacto ao meio ambiente e à população, pois não resultam em uma carga de poluentes significativamente concentrada em um mesmo local. Além disso, a descentralização e a conseqüente redução da carga tratada em cada região, possibilitam uma solução mais adequada para os resíduos do que o lançamento no meio marinho, que já sofre pressão de outras maneiras, como a sobre pesca.

CONTATOS:
Raquel Macruz: 8455-5932
Gert Schinke: 8424-3060

sábado, 7 de agosto de 2010

Várias entidades comunitárias da Barra da Lagoa participaram do mutirão para a retirada dos pinus que existem no Morro da Galheta.




O Mutirão realizado na Fortaleza da Barra foi um sucesso!!




O Mutirão realizado na Fortaleza da Barra foi um sucesso!!

O Imma, (Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia) e várias entidades comunitárias da Barra da Lagoa participaram do mutirão para a retirada dos pinus que existem no Morro da Galheta.
Adnir Antônio Ramos, Diretor Administrativo do IMMA, organizador do evento, explicou que a finalidade do mutirão é efetuar a restauração da Mata Pluvial da Encosta Atlântica presente no Morro da Galheta, cuja cobertura vegetal encontra-se, atualmente, degradada pela proliferação das espécies exóticas invasoras, principalmente o pinheiro-americano, eucaliptos, braquiária e capim-melado.
Veja algumas fotos!





quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O MISTÉRIO DA ILHA ESTÁ NAS PEDRAS"“


Florianópolis possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo, ainda pouco explorado.


eM diferentes lugares do mundo, existem monumentos megalíticos ( conjunto de construções de grandes blocos de pedras, típicas das sociedades pré-históricas) construidos por nosso antepassados para observar os movimentos dos astros. O mais famoso deles é um círculo de pedras, erguido há quatro mil anos , localizado em Stonehenge, na Grã-Bretanha. Milhares de pessoas visitam este monumento todos os anos. Aqui, no Leste da Ilha, existe o observatorio Arqueostronômico da praia da Galheta, um dos mais importante de Santa Catarina, mas que ainda é pouco conhecido pelos moradores da região. O poder público não investiu para preservar e investigar mais sobre este assunto, ficando este importantissimo tema em mãos de pessoas da comunidade que, com seu trabalho e sua dedicação, levaram este tema ao conhecimen“
O mistério da da ilha est á nas pedras ”
Florianópolis possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo, ainda pouco explorado.
to de muita pessoas de diferentes lugares do mundo.,
O primeiro registro de pedras colocadas de “maneira estranha” foi o do biólogo Vieira da Rosa, por volta de 1918, quando ele fez referência a algumas formações rochosas peculiares no litoral catarinense.
Já na década dos 80, o morador da Barra da Lagoa, Adnir Ramos, conhecido como Maninho, percebeu que algumas das formações rochosas e grandes pedras localizadas no Morro da Galheta coincidiam com o nascer do Sol e da Lua em épocas específicas do ano. Um dos fenômenos foi a observação do nascer do Sol no solstício de inverno, na Pedra do Frade, costão da Barra da Lagoa.
Maninho ficou tão intrigado que decidiu entrar na universidade para estudá-las
“Um dia, sentado no terreno atrás da minha casa, na Fortaleza da Barra da Lagoa, observei a lua nascer exatamente entre duas pedras. Comecei então a procurar uma plataforma de onde pudesse ver o sol nascer sobre ou entre algumas delas. Até que descobri que a pedra que servia para os povos ancestrais como ponto de observação estava localizada simplesmente no quintal da minha casa”, explicou Maninho.
Maninho formou se como antropólogo e começou a defender a hipótese da existência de pedras com função astronômica na região. “Os primeiros povos a habitar a região litorânea utilizavam grandes blocos de pedra, posicionados no topo de morros, à beira-mar, como um imenso calendário astronômico a céu aberto,” explicou ele.
Os índios e pré-índios usavam esse calendário para uma série de atividades cotidianas, como a pesca, a caça, as colheitas e também para o próprio ciclo de fertilidade humana, já que, se a mulher fosse fecundada no verão, o filho nasceria na primavera, época em que as temperaturas mais elevadas, as flores, para o mel, os ovos e outros víveres davam ao recém-nascido uma chance maior de sobrevivência.
“O mistério da ilha está nas pedras, a magia da ilha está nessas pedras e nas inscrições. Santa Catarina é um dos estados mais ricos em energia telúrica, nosso estado é o lugar que teve mais curas até hoje em termos de milagres, o primeiro lugar do Brasil a ter uma santa (Madre Paulina), e isso é porque essas energias proporcionam a cura das pessoas. Por exemplo, lá em Gravatal, existe a gruta da Nossa Senhora da Saúde, na comunidade de São Miguel, onde existe um grande dólmem e um menir onde as pessoas vão para se curar, “ explicou Maninho.

“Com o turismo Arqueastronômico todos ganham ”

Para Adnir Ramos, é uma boa oportunidade para todos, pois este tipo de turismo não ocorre apenas no verão, mas no ano todo,assim as pousadas, hotéis, restaurantes, os donos de casas comerciais ganhariam.


anta Catarina é um dos lugares onde existe maior concentração de monumentos megalíticos da America do Sul. Em qual direção estão orientados esses monumentos?
Os monumentos estão alinhados com a constelação de Touro, no trópico de Cancer, onde o sol passa no inverno, constelação de Orion o sol passa no outono e na primavera Cão Maior trópico de capricórnos onde o limite do sol no hemisfério sul (solstício de Verão).
Órion desempenhou um papel importante para as civilizações antigas. Sua posição no céu, ao longo do ano, era um prenúncio das mudanças climáticas que estavam por vir. Quando se observava Órion nascer durante o amanhecer, era um sinal de que o inverno havia chegado. Seu nascimento no início da noite anunciava o verão.
Qual é a posição do meio acadêmico em relação a este tema?
O meio acadêmico está fechado. Uma vez, no ano passado, pedi autorização ao IPHAM para fazer cópias das gravuras rupestres em tamanho natural para a nossa exposição itinerante de arqueoastronomia, mas os técnicos negaram, alegando que não existem monumentos megalíticos em Santa Catarina. É uma briga muito grande, porque as pedras que existem, por exemplo, na ilha do Campeche, são enormes, desafiam a tecnologia do passado, fica complicado dizer que o home do sambaqui colocou aquelas pedras, pois teria que ter muita força, muita gente, para colocar na posição em que elas estão. O enigma é muito grande, e como a ciência não consegue desvendar isso, eles se fecham e negam tudo. Quem perde com isso é a comunidade, pois até a decáda de 60, os Sambaquis também não eram aceitos pelos técnicos da arqueologia, e enquanto isso, os mineradores retiravam as conchas e ossadas humanas para transformá-las em cal para a construção civil ou para pavimento de estradas. Com isso, perdemos mais de 90% do mais rico acervo de Sambaquis do mundo, inclusive os mais altos, que chegavam a 120 metros de altura, com era o caso do Sambaqui da Carniça, em Laguna.
Recebeste apoio do poder público para as pesquisas?
Recebi um apoio bem interessante, na época do governo de Ângela Amim, ela foi a primeira pessoa a se interessar, inclusive, ela tentou implantar o parque arqueastronômico. No governo dela, fez-se um levantamento dos monumentos da Barra (pedra do Frade), da Fortaleza (plataforma) e da Ponta do Gravatá. Neste levantamento, trabalharam muitos estagiários, mas depois da mudança do governo, o governo atual não deu seqüência a este trabalho de arqueastonomia. Há pouco tempo, houve um apoio do fundo de turismo do governo do estado.
Qual é a finalidade do Mutirão do dia 7 de agosto para a retirada dos pinus no morro da Galheta?
O Mutirão Ecológico na Fortaleza da Barra da Lagoa tem como finalidade efetuar a restauração da Mata Pluvial da Encosta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) presente nas encostas do Morro da Galheta.
Existe uma preocupação grande pela invasão do morro pelo pinus ou pinheiro-americano (Pinus spp.). Estas árvores estão detonando o morro, se não agirmos agora, vai ser muito difícil, no futuro, recuperar os morros desta região.
Que potencial tem o turismo arqueastronômico nesta região?
Muito grande, mas para podermos trabalhar com turistas, devemos melhorar as trilhas, os acessos, a sinalização. Já no ano de 1996, Keller Lucas recomendou trilhas adequadas antes de levar turistas para visitar os locais.
Primeiro, é preciso melhorar as trilhas, falta sinalização para que o turista possa visitá-las, como, por exemplo, a trilha da Barra – Galheta; Fortaleza-Galheta; a da pedra de Frade; da praia Mole.
Precisamos fazer infra-estrutura primeiro, também necessitamos de guias.
Que setor se beneficiaria com este tipo de turismo?
Com o turismo arqueastronômico todos ganham, pois ele não ocorre apenas no verão, este tipo de turismo acontece o ano todo, e as pousadas, os hotéis, os restaurantes, os donos de casas comerciais ganhariam. É uma fonte de renda que estamos perdendo por falta de divulgação e infra-estrutura. Eu ajudei Keler com o projeto de criar o parque arqueastronômico da Galheta. Sugerimos, na Câmara de Vereadores, a modificação do Plano Diretor para trazer o parque até a Fortaleza da Barra e ainda não aconteceu nada. O poder público está ausente neste tema. É uma pena, porque com pouco poderíamos ter mais um atrativo turístico que beneficiaria a toda a região.
Entrevista: Sergio Olvares.
Fotos :acervo de Adnir Ramos
Fonte : Alexandre Amorim, Revista Alma_Naq e http://www.immabrasil.com.br/

Mutirão Ecológico na Fortaleza da Barra da Lagoa!!!

Retirada de espécies exóticas e recomposiçãoda Mata Atlântica

Restauraçãoda Cobertura Vegetal noMorroda Galheta
O Mutirão Ecológico na Fortaleza da Barra da Lagoa tem como finalidade efetuar a restauração da Mata Pluvial da Encosta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) presente nas encostas do Morro da Galheta, incluindo áreas do Parque Municipal da Galheta cuja cobertura vegetal encontra-se atualmente degradada pela proliferação das espécies exóticas invasoras, constituídas predominantemente pelo pinheiro-americano, por eucaliptos, braquiárias e capim-melado. Esta iniciativa está sendo desenvolvida pelo Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia (IMMA), com apoio de outras entidades organizadas a partir de uma série de demandas comunitárias da região da bacia hidrográfica da Lagoa da Conceição, principalmente da Barra da Lagoa.
Assim, convocamos a todas as pessoas interessadas, maiores de 18 anos, a participar voluntariamente desta atividade comunitária que se apresenta como uma iniciativa mitigadora deste impacto causado pela proliferação desmedida de ditas espécies em toda área de amortecimento do Parque Municipal da Galheta.
As entidades aqui envolvidas estão fazendo grandes esforços para que toda a retirada da vegetação exótica conte com o apoio da população local.

PARTICIPE

Data: sábado, 7 de agosto.
Horário: das 08:00hs até às 17:00hs
Ponto de encontro: Sede do IMMA(Fortaleza da Barra, ao lado Rest.
Rancho de Canoa)
Contato: 3226 1781 / 9607 2201
Realização: IMMA–
EcoMap. Apoiadores
IMMA– EcoMap, Jornal Leste da Ilha, Associação Ilha dos Palmares, Vereador Renato Geske, Conselho Comunitário da Barra da Lagoa,ONG Comuna
Visual e o Fórum da Barra.

domingo, 1 de agosto de 2010

EMISSÁRIO SUBMARINO EM DEBATE

UMA QUESTÃO IMPORTANTE PARA A COMUNIDADE COLOCA EM CAMPOS OPOSTOS ECOLOGISTAS E A COMPANHIA DE ÁGUAS DO ESTADO. LEIAM SEUS ARGUMENTOS.


Em Santa Catarina, apenas 9,95% da população possui tratamento de esgoto, segundo a Associação de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). A situação é tão grave que o estado apresenta o segundo pior índice em cobertura de saneamento do país, à frente apenas do Piauí. Em Florianópolis, segundo a Casan, apenas 58% da população recebe atendimento do sistema de coleta e tratamento de esgoto. O restante dos dejetos vai parar nos mananciais e diretamente no mar, sem nenhum tratamento. Para resolver esta situação, a Casan pretende construir dois emissários submarinos, um no norte da Ilha, na praia dos Ingleses, e outro na porção sul, entre as praias do Campeche e da Joaquina. Emissários são sistemas de tubulações construídos para levar até o fundo do mar o esgoto depois de passar por uma estação de tratamento.
A proposta de construção desses sistemas tem causado polêmica entre associações de moradores e ambientalistas. Nesta edição, publicamos uma carta enviada pelo presidente da CASAN, Walmor de Luca, e pelo ecologista Gert Schinke.
Na próxima edição, publicaremos um informe com dados de outros lugares do mundo onde funcionam os emissários como, por exemplo, na Flórida (Estados Unidos). Também entrevistaremos um biogeoquímico marinho para que se manifeste sobre este assunto. O debate está aberto, se você deseja opinar sobre este assunto, pode acessar o site www. lestedailha.blogspot.com e deixe sua mensagem.


UMA PRÁTICA UNIVERSAL por *Walmor Paulo de Luca




Em recente evento esportivo internacional ligado ao surf e que teve uma disputa aqui em Florianópolis, mais precisamente na Praia Mole, uma ONGdenominada Movimento Saneamento Alternativo (Mosal), aproveitando o público que prestigiava as provas, distribuiu panfletos denegrindo a imagem da Casan para o que "eles" consideram um despropósito.
Em que pese o uso indevido do logotipo da Empresa, algo que a nossa Diretoria Jurídica dará o encaminhamento que o caso requer, causou-nos estranheza o desconhecimento dos signatários sobre o funcionamento dos emissários submarinos.
A utilização desse dispositivo remonta aos primórdios do século XX e consiste de uma tubulação com espessura variada empregada para o lançamento de esgotos sanitários no mar, valendo-se da grande capacidade de autodepuração das águas marinhas que promovem a sua diluição, dispersão e o decaimento de cargas poluentes a elas lançadas.
A água salgada e a luz solar atuam sobre o que se chama "pluma de dispersão" porque as bactérias sobrevivem em placas de gordura e morrem em menos de 24 horas.
Hoje, sabe-se que o lançamento de esgotos por emissário submarino, já se constitui num tratamento adequado. Mas no caso do Campeche, em Florianópolis, a Casan ainda vai fazer o tratamento secundário e terciário antes de ser lançado a 3Km de distância e a uma profundidade de 17 metros.
Vale lembrar que a emissão de dejetos líquidos no ambiente foi regulamentada pelo "Protocolo de Annapolis", assim como a emissão de gases, pelo "Protocolo de Quioto".
Em Laguna temos um emissário submarino que funciona há mais de 10 anos e nunca trouxe problemas de balneabilidade para a Praia do Mar Grosso.
No Brasil existem algumas dezenas de emissários submarinos em funcionamento, destacamos o de Ipanema, Barra da Tijuca, Fortaleza, Maceió, Salvador, Vitória e agora Florianópolis que chega finalmente onde o Rio de Janeiro e outras capitais já estão há muito tempo.
* Diretor Presidenteda Casan –
Companhia Catarinense
deÁguaseSaneamento.


São Desnecessários
por *Gert Schinke

No artigo publicado nesta coluna, o Presidente da CASAN, Sr. Walmor de Luca, ressalta um suposto “desconhecimento sobre o funcionamento dos emissários submarinos”. Apressada conclusão. Sofisma 1: afirma ele que constituem um “tratamento adequado”. Os emissários NÃO SÃO equipamentos de tratamento de esgotos, mas emissores de efluentes já tratados, supostamente bem tratados, quesito no qual a companhia que dirige se mostra precária. Sofisma 2: afirma que as águas marítimas têm a “magnífica capacidade de autodepuração ao promoverem a diluição, dispersão e a decantação de cargas poluentes”. Parte ele da premissa, portanto, de que os esgotos não estão devidamente bem tratados ao serem lançados, embora mais adiante afirme que as futuras ETEs do Campeche e de Ingleses darão tratamento secundário e terciário aos mesmos. Infere-se, pois, que serão inertes, não acarretando poluição. Mas, se não causarão poluição, porque lançá-los no mar? Não seria mais lógico dispersar esta água doce tratada nas cabeceiras dos rios próximos as ETEs, realimentando os lençóis freáticos para fechar o ciclo? Assim os emissários seriam dispensados. Brinda-nos com o silogismo: “em Laguna um emissário funciona há mais de 10 anos sem causar quaisquer problemas de balneabilidade”. Logo, em Florianópolis, também não causará problemas. A questão não se resume à balneabilidade, mas sim ao impacto global na orla, afetada em demasia. A premissa induz a crer que o mar ainda suporta impactos, desde que suaves, na contramão do que o mundo apregoa – deixá-lo em paz. O modelo centralizado, proposto pela CASAN, é o fator determinante para a concentração dos efluentes e só interessa às empreiteiras, aos atores políticos envolvidos e às empresas avessas ao monitoramento de seus resultados. Mutatus mutandis, no modelo descentralizado, os efluentes são totalmente absorvidos lá onde a natureza pode realizar esse serviço ambiental. E de graça. Ecologicamente sustentável e valendo-se da complementaridade de sistemas de tratamento, respeita as bacias hidrográficas, é menos energívoro, além de ser, em muitos casos, mais barato. Em paródia, tomara que Florianópolis jamais chegue onde o Rio de Janeiro e outras capitais já estão há muito tempo. Aqui poderíamos fazer melhor.
*ecologista