quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O MISTÉRIO DA ILHA ESTÁ NAS PEDRAS"“


Florianópolis possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo, ainda pouco explorado.


eM diferentes lugares do mundo, existem monumentos megalíticos ( conjunto de construções de grandes blocos de pedras, típicas das sociedades pré-históricas) construidos por nosso antepassados para observar os movimentos dos astros. O mais famoso deles é um círculo de pedras, erguido há quatro mil anos , localizado em Stonehenge, na Grã-Bretanha. Milhares de pessoas visitam este monumento todos os anos. Aqui, no Leste da Ilha, existe o observatorio Arqueostronômico da praia da Galheta, um dos mais importante de Santa Catarina, mas que ainda é pouco conhecido pelos moradores da região. O poder público não investiu para preservar e investigar mais sobre este assunto, ficando este importantissimo tema em mãos de pessoas da comunidade que, com seu trabalho e sua dedicação, levaram este tema ao conhecimen“
O mistério da da ilha est á nas pedras ”
Florianópolis possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo, ainda pouco explorado.
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O primeiro registro de pedras colocadas de “maneira estranha” foi o do biólogo Vieira da Rosa, por volta de 1918, quando ele fez referência a algumas formações rochosas peculiares no litoral catarinense.
Já na década dos 80, o morador da Barra da Lagoa, Adnir Ramos, conhecido como Maninho, percebeu que algumas das formações rochosas e grandes pedras localizadas no Morro da Galheta coincidiam com o nascer do Sol e da Lua em épocas específicas do ano. Um dos fenômenos foi a observação do nascer do Sol no solstício de inverno, na Pedra do Frade, costão da Barra da Lagoa.
Maninho ficou tão intrigado que decidiu entrar na universidade para estudá-las
“Um dia, sentado no terreno atrás da minha casa, na Fortaleza da Barra da Lagoa, observei a lua nascer exatamente entre duas pedras. Comecei então a procurar uma plataforma de onde pudesse ver o sol nascer sobre ou entre algumas delas. Até que descobri que a pedra que servia para os povos ancestrais como ponto de observação estava localizada simplesmente no quintal da minha casa”, explicou Maninho.
Maninho formou se como antropólogo e começou a defender a hipótese da existência de pedras com função astronômica na região. “Os primeiros povos a habitar a região litorânea utilizavam grandes blocos de pedra, posicionados no topo de morros, à beira-mar, como um imenso calendário astronômico a céu aberto,” explicou ele.
Os índios e pré-índios usavam esse calendário para uma série de atividades cotidianas, como a pesca, a caça, as colheitas e também para o próprio ciclo de fertilidade humana, já que, se a mulher fosse fecundada no verão, o filho nasceria na primavera, época em que as temperaturas mais elevadas, as flores, para o mel, os ovos e outros víveres davam ao recém-nascido uma chance maior de sobrevivência.
“O mistério da ilha está nas pedras, a magia da ilha está nessas pedras e nas inscrições. Santa Catarina é um dos estados mais ricos em energia telúrica, nosso estado é o lugar que teve mais curas até hoje em termos de milagres, o primeiro lugar do Brasil a ter uma santa (Madre Paulina), e isso é porque essas energias proporcionam a cura das pessoas. Por exemplo, lá em Gravatal, existe a gruta da Nossa Senhora da Saúde, na comunidade de São Miguel, onde existe um grande dólmem e um menir onde as pessoas vão para se curar, “ explicou Maninho.

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